Na Invernada Da Palmeira de Fabiano Bacchieri

Letra da musica Na Invernada Da Palmeira de Fabiano Bacchieri

Na Invernada Da Palmeira
Na Invernada Da Palmeira

Poncho negro sobre os ombros, chapeu de aba caida
No breu da tarde comprida, tropa o tranco da canhada
A chuva guasqueando firme, desfrauda a franja do mouro
e o vento fareja couro no lombo liso da estrada

Baio encerado escarciano a poderado de milho
num toso de cogotilho, quatro galhos no sabugo
uma tordilha cabana que veio lá da fronteira,
e um cusco baio coleira pra o caso de algum refugo
e um cusco baio coleira... pra o caso de algum refugo

terneiradas embuadas, desmamada ainda ontem
segue os gritos de repontes, pontiando tonta no passo
se vai a tarde a la cria, e a noite vem na bolada
na porteira da invernada a tropa indireita o rastro
na porteira da invernada... a tropa indireita o rastro

Contra as patas dos cavalos, uma lebre erra o bote
no cogote da coxilha um raio leva o bolcado
e um pingo que é uma balança se renega e escarceia
para a coruja que floreia numa trama do alambrado

Sao nessas rondas sem lua que o tropeiro perde o sono,
nos pedidos de retorno pelos berros dos terneiros
repassando enfurquilhado, em cada mel da barbela
alegrias e mazelas que tropeou pelos janeiros
alegrias e mazelas... que tropeou pelos janeiros

com uma noite por sinuelo, e o rio grande na moldura
o pastiçal faz figura, bailando varzedo a fora
enquanto o dia nao chega, a sinueta da palmeira
lembrando a cruz missioneira, velando o tranquear das horas
lembra uma cruz missioneira...velando o tranquear das horas

..velando o tranquear das horas
..a tropa indireita o rastro
..velando o tranquear das horas
..a tropa indireita o rastro

vídeo incorreto?