Num Bolicho Da Linha Melódica de Mauro Moraes

Letra da musica Num Bolicho Da Linha Melódica de Mauro Moraes

Num Bolicho Da Linha Melódica
Num Bolicho Da Linha Melódica

"milonga!
Teus olhos são as janelas da alma
Onde faço o bem sem olhar a quem
Onde quem planta e cria, todavia
Dá os fins, dá os meios
Onde os meus dias sem idade, a campo
Ainda esbarram riscando
Num corredor ladeado de arame
E o silêncio me assiste a quantas dormidas
Num bolicho da linha melódica
Onde o saber não ocupa lugar"

No pátio onde nasci, perguntam por mim
E a tarde onde anoiteço, mateio por ti
Aos olhos do que pensamos e amamos à sombra
O instante que retomamos aguando a cambona

Na sanga dessas palavras, a grama boiadeira
E as veias de algum poema, morena
Nas veias de algum poema!
Na pampa verde estendida, onde estive ao teu lado
O outro lado do dia, guria
O outro lado do dia!

Comigo, as pencas, as carreiras
O que somos, do que se queria
Contigo, a cancha, o laço de chegada
Esticado, entre as melodias

Não me enxergo entrando de bolada
Nas amagadas de ganhar parelha
Nem me afeito a quem não tem cavalo
E se mete de paleta

Abraça-me, milonga das "casa"
Abraça-me, milonga das garras
Abraça-me, pra nunca mais olhar pra trás!

O que passou, passou, passou...
E o que tenho escrito, o que tenho escrito...
Fica o dito pelo não dito
E "bamo" que "bamo", no más

"milonga!
Eu te devolvo a lua minguante
De um fim de inverno
Que se anuncia contido
Enquanto te ausentas
Eu te devolvo a dor de compor a sombra
Desta guitarra crioula
Acolherada em meus versos
Onde pensar não é dar a resposta"

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