Eu vivo pela estrada
Com um caminhão nos braços e alguém no coração
Meu amor é dividido
Porque eu morro por ela e vivo pelo caminhão
Dois amores diferentes, mas com eles me completo
Eu não vivo em abandono
No calor de uma cabine ou nos braços de quem amo
Sou feliz até no sono
No calor da estrada, quase sonolento
Qualquer sombra eu encosto
A pensar em quem eu gosto
Vou sonhar no acostamento
A noite chega, a saudade aumenta
Agarrado no asfalto, se possível farol alto
Pela marca dos 80
Sozinho pela estrada
Escutando a voz do vento no espelho a repetir
Mal começo uma viagem
Eu já penso no regresso e nem terminei de ir
Mesmo assim eu vou seguindo com cuidado redobrado
Quando a estrada serpenteia
Caminhão é assim mesmo, vai saindo pela estrada
Vai entrando pelas veias